Zé Kéti, violão e voz

Por Tárik de Souza - 25/11/2013


Sambista que pavimentou a ponte entre o então chamado samba de morro e o asfalto, José Flores de Jesus, o Zé Kéti(1921-1999), personagem de filmes como o precursor do cinema novo "Rio, 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos, e parceiro do bossanovista Carlos Lyra, ganha homenagem em CD.

"Violão, voz e Zé Keti" (Kuarup) une o cantor Augusto Martins e o violonista Marcell Powell, filho de Baden Powell, outro pilar da bossa. No repertório, clássicos como "A voz do morro", "Diz que fui por aí", "Máscara negra", "Opinião", "Nega Dina", "Malvadeza Durão", "Acender as velas" e pérolas obscuras como "Leviana" (lançada por Jamelão em 1954), "Amor passageiro", "Madrugada (A noite é minha)", "Tamborim" e "A flor do lodo".

Com cinco álbuns gravados e larga rodagem na noite, Augusto tem a manha certa para esgueirar-se pelas sincopas de Zé Kéti, habilmente cerzidas pela maestria requintada de Marcel, jovem mestre da mais relevante escola violonística da MPB.



A Voz do Morro

Augusto Martins e Marcel Powell





Videoentrevista - RIOMA

Marcel Powell





Programa Sem Censura

CD Violão, Voz e Zé Kéti

Augusto Martins e Marcel Powell



O Fogo Voa!

Com Marcel Powell o Violão fala alto e está entendido

  • "Marcel tem sotaque próprio. Mas é impossível negar que emana de seus dedos em ofício a mesma força avassaladora com que seu mestre, e pai (mestre e pai de todos), timbrou no violão uma personalidade impar e definitiva. Personalidade que conquistou os ouvidos e espíritos mais sensíveis mundo afora. Foi quando o instrumento ganhou voz e alma. Alma brasileiríssima. Do cadinho miscigenado de dois ancestrais. Ibéricas, negras, indígenas. Valsas, sambas, serenatas.

    O Violão vertiginoso, mais ao mesmo tempo elegante, maneiroso e obstinado de Marcel Powell é a certeza de que continua a revolução que um dia estremeceu as bases do reino do pau e cordas. Se Baden feito um Prometeu, nos mostro o fogo, Marcel dá asas de nylon / aço ao Ícaro que resiste ao sol, aos modismos, ao tempo. O Fogo voa meu irmão!

    Marcel Powell é brasileiro, europeu, negro, mestiço, universal. Igual e singular. E seu instrumento só poderia falar o que fala, assim como fala. Todos os violões estão no violão de Marcel. E ele encanta a todos, simultaneamente. É a fala."

    Lais Amaral

Outros Cds


  • Aperto de Mão

    Aperto de mão seria seu quarto registro, mas é o primeiro em que ele se vê retratado com fidelidade.






  • Corda com Bala

    Gravado em trio, com Sandro Araújo na bateria e André Neiva no baixo, Marcel explora seu virtuosismo em ritmos como samba, baião, jazz e choro.





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